Por entre a neblina bebo o teu perfil
sereno e brando como brisa de outono,
quente e suave como sol a caminho de adormecer.
Imagino a minha pele cantar sob o teu toque
e quase consigo sentir o sabor da tua boca.
Fogueira e fonte,
medronho e água mel,
arrepio e gargalhada.
Nas tuas mãos sou barro por moldar,
mosto aquecido,
vulcão adormecido,
desejo em convulsão.
Chamo-te só com o brilho do olhar.
O vento entende o meu sorriso
e leva-te o meu nome até aos confins do teus ser.
Aguardo…
e a espera é doce.
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