a sombra de um corpo nu invadia o espaço de promessas.
Sabia o teu olhar preso em mim
e derretia-me por dentro,
antes mesmo do sabor do beijo
ou do toque suave dos dedos.
Sentia, mas não pedia nada.
Alimentava o sonho
com suaves movimentos do corpo,
como que dançando,
num convite subtil a devaneios e sonhos
vividos ou ainda por viver.
Sinto-te os passos
flutuando em direcção ao meu abraço.
Sinto-te,
mas não te quero ver...
apenas sentir,
abandonar-me em ti
qual naufrago em porto seguro.
Ama-me.
Liberta-te dos medos do amanhã que pode não vir
e ama-me,
até que a noite ceda
ao cansaço dos sentidos.
©Graça Costa
HENRY ASENCIO
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