Deixa
que a noite invada o horizonte das memórias,
e os dias sejam de eternos recomeços,
ainda que errantes ou incertos.
Deixa
que os teus passos me sigam
e que a paixão seja a melodia
dos caminhos por inventar.
Deixa
que o meu corpo seja tela virgem
para o arrojo dos sentidos
e lê nos meu rosto
o te digo no silêncio do olhar.
Deixa-me correr ao teu encontro
com a certeza que de sabes o que fazer
para a alma se sentir beijada;
com a certeza de que basta um olhar
para o arrepio da pele,
para a fusão dos corpos em chama.
Deixa-me sentir…
apenas sentir,
meu pintor de corpos e telas,
paixões libertas,
momentos eternos,
gravados em segundos.
©Graça Costa
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