Quando no teu corpo me dissolvo,
mergulho em sabores inesperados.
Não sei se menta, canela,
pimenta, açafrão,
manjerona,
ou alecrim.
Nele viajo
vagabundo,
imerso no êxtase hipnótico que a tua pele me estende.
Não sei se fuja, se arrisque ficar,
se ouse desafiar os limites desse corpo que conheço
e desconheço,
que me chama e me recusa,
me aprisiona os sentidos.
Quando no teu corpo me dissolvo,
o medo consome-me o ser.
Sinto-me frágil como borboleta de asas rasgadas.
Contigo, sou fragmento de paraíso.
Sem ti...
sem ti, nem sei bem o que serei.