o sorriso após o êxtase
iluminava a escuridão como vagalume em noite de verão.
Inquietos os dedos dos amantes
desenhavam nos corpospalavras imprevistas,
inventadas,
inconsequentes,
quase letais.
numa súplica surda
em direcção ao recomeço.
Na intermitência do sorriso,
fragmentos de dor em suspensãomesclados com aquele prazer doce
do amor partilhado.
Sem palavas porque desnecessárias,
apenas o sorriso permanece,como tatuagem
gravada no rosto dos amantes sem nome,
perdidos na noite que amanhece.
©Graça Costa
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