Sinto a
eternidade gravada
em cada poro
de pele
que se abre
ao êxtase do teu toque;
em cada
olhar partilhado,
em cada
arrepio, ainda que fugaz,
em cada
memória do que tivemos um dia e deixou chama,
em cada até
breve
imerso em
nostalgia e cansaço.
Sinto a
eternidade gravada
em cada
palavra sussurrada,
que se
desfaz num arquejo ou num soluçar ligeiro,
doce e suave
como uma dádiva,
melancólico como
o entardecer sem amanhã.
Nesta
eternidade ao segundo, ficamos.
Como canção
lançada ao vento, ficamos,
entrelaçados
na rima,
envoltos em
melodia e cansaço,
para lá do
medo
para lá de
tudo
para lá do
fim.
Apenas nós,
perdidos no
fragmento do tempo que passa.
©Graça Costa
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