Trago na pele
pinceladas de Agosto
tatuadas pelos teus beijos .
Na boca,
o sabor a Maio
e paisagens de Outono a brotar-me dos olhos.
Moldados pela brisa
passeiam-me pelo rosto
sorrisos rasgados de memórias
escritas nos sulcos das rugas adocicadas pelo tempo.
Dos sonhos com travo a canela,
guardo a textura dos dias enleada nos teus braços,
quando o futuro era uma tela em branco
e a vida,
um diálogo sem palavras de corpos cansados.
Trago na pele pinceladas de Agosto.
Peço ao Inverno que termine a tela
e sorrio quando te sinto chegar.
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