terça-feira, 17 de janeiro de 2017

DO POEMA

DO POEMA

Doce o sorriso
derramado no mundo em mutação do poema,
onde a palavra escorre sem ser pedida
livre como lava de vulcão lambendo as entranhas da terra.

Sinto a dor das palavras
acorrentadas na bagagem da memória
à espera do acordar,
e embalo-as com ternura de mãe.

Suplicam sol,
vento,
maresia
turbilhão de afectos,
melodia,
encontro de almas,
arrepio,
corpos em chama,
emoção.

Anseiam liberdade,
mesmo que nesta esteja o espectro da morte,
a dor do nascimento,
ou a metamorfose da paixão.

Dor.
Raiva.
Ternura.
Partilha.
Entrega.

Mágico,
o mundo em mutação do poema.


©Graça Costa
imagem da web

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