Do meu corpo nascem poemas cantados .
A cada toque, a pele responde com um grito surdo,
meio gemido,
meio lamento
meio sussurro
meio tormento.
A cada beijo, reinvento-te,
reinvento-me.
Saboreio-te como saboreio o poema,
letra a letra,
palavra a palavra,
rima a rima
ou rima nenhuma
mas lenta e suavemente
como tango dançado à luz do luar
em noite de verão.
Depois, volto e ler-te
e afago lentamente as palavras
que te acendem a paixão
e que te prendem a mim.
A ti me colo,
meu poema meio escrito,
por vezes gemido,
outras sussurrado,
e assim adormeço,
sem saber se durmo
ou apenas descanso
nesse teu colo feito cama,
só para me receber.
©Graça Costa
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