Deixaste-me na boca um sabor a espanto,
na pele a súplica do desejo inacabado,
e a fome de mais que o dia levou.
Deixaste-me no olhar um sopro de maré viva,
uma tempestade de afectos incontidos
clamando pela noite
ou apenas pelo som dos teus passos na escuridão.
O dia passou,
lento e soturno
mas dentro de mim,
sempre o sol
com os seus lábios de silêncio
sempre o sol
com os seus lábios de silêncio
e o paraíso no olhar,
envolvendo-me no fogo da espera
do tanto que te quero.
Depois o dia caiu no horizonte
deixando no ar promessas guardadas
no ontem que não chegou a ser.
Esperei-te.
Esperei o teu abraço
naquele quê de dia em que a solidão termina.
Esperei o teu abraço
naquele quê de dia em que a solidão termina.
Deixei-me envolver no rendilhado
dos dias sonhados antes do amanhecer
em que os teus braços são cama
e o meu corpo
poema
pintado pelo teu olhar
colado no meu.
em que os teus braços são cama
e o meu corpo
poema
pintado pelo teu olhar
colado no meu.
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