o calor das palavras
ditas entre o beijo e o outro beijo,
entre o olhar e o sorriso
entre o afecto e a
solidão.
Fome de palavras...
das ditas e das por
dizer;
das sentidas e das
gritadas
das largadas ao vento e
das presas nos raios de sol,
das sussurradas e das
inventadas,
pérolas displicentes...
esperando o momento.
Gosto desta fome e
alimento-a de mais fome...
pois é da dor que nasce o
poema,
e do poema nasce a canção
com que te pinto os dias.
Pincel ou grafitte,
aguarela ou esquisso...
Pouco importa.
A fome tem muitas
cores...
©
Graça Costa
Lana Moes
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