Existe no silêncio
um luar de nuvens mansas,
uma alma secreta de murmúrios vestida,
uma doçura tamanha,
que só de o prever já me embalo
do seu sentir.
Só quem conversa com o silêncio
tem alma para sentir o poema
que antes de o ser já dança na retina,
já penetra a pele
com a intensidade de um beijo,
despertando a fome
do amor vivido em firmamentos distantes.
Oxalá a noite me doure os sentidos,
me crave na pele a vontade de me dar
e que o canto da minha voz
não seja voz, mas apenas pele…
não seja voz, mas apenas pele…
sedenta de outra pele.
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