segunda-feira, 9 de novembro de 2015

NA PENUMBRA DO DIA

Surgiu-me da penumbra esta sensação de luz
este calor terno e manso
de uns lábios lambendo-me o rosto.

Iluminou-se-me  a alma e um sorriso
nasceu-me no olhar.

Depois foram os dedos…
Como brisa de verão,
ainda com aroma a fim de primavera
viraram carícia nua ,
repleta de promessas.

Um silêncio mágico invadiu a manhã.

O meu corpo virou pauta de musica inacabada pintado pela paleta da aurora,
expectante,
luminoso,
sedento da orquestra dançante
saindo da penumbra do dia que amanhecia.


© Graça Costa



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