Há uma voz cá dentro
que me dita o poema,
que me conduz a saudade da mão e do olhar
do toque,
da entrega,
da fome
e da paixão.
Há uma voz cá dentro
que me conduz o sonho
e um sonho
que me conduz a ti.
A ti...
meu amor e meu chão,
meu refúgio e minha paixão.
Há uma voz cá dentro
que me encanta e me desencanta
me acolhe e me repele
numa catadupa de afectos
rolando num turbilhão.
Há uma voz cá dentro
que me dita o poema
e o poema...
não és tu nem sou eu...
somos nós,
eternamente Nós.
segunda-feira, 30 de novembro de 2015
NÃO ESPERES
Não esperes pela madrugada para me amares.
Não esperes pelo amanhecer para me contemplares.
Não esperes pelo entardecer para me sorrires.
Não esperes pelo entardecer para me sorrires.
Não esperes, porque pode não chegar.
Não esperes, porque não és dono do tempo
e o destino pode ter planos diferentes dos nossos.
Não esperes, porque não és dono do tempo
e o destino pode ter planos diferentes dos nossos.
Não esperes...
Ama-me o mais que puderes
sempre que puderes,
onde puderes.
Ama-me o mais que puderes
sempre que puderes,
onde puderes.
Sorri-me. como se não houvesse amanhã
e o sol morasse no meu corpo.
e o sol morasse no meu corpo.
Beija-me a pele com a ternura do amanhecer.
Toca-me com a magia das tempestades em alto mar,
fascinantes, furiosas, inconstantes, majestosas.
Toca-me com a magia das tempestades em alto mar,
fascinantes, furiosas, inconstantes, majestosas.
Mas nunca te esqueças.
Não esperes...
que o amanhã é incerto
e agora tens-me por perto.
toda afecto
toda luz
toda tua.
Não esperes...
que o amanhã é incerto
e agora tens-me por perto.
toda afecto
toda luz
toda tua.
Não esperes...
©Graça Costa
PHOTO: Just me...
sexta-feira, 27 de novembro de 2015
PELE
Nada como o toque aveludado da pele.
A forma como se arrepia ante a caricia,
como responde ao beijo lento e rastejante,
à língua quente e húmida,
ao gemido ,
ao arfar do desejo incandescente
à súplica do olhar.
Pele…
Tela de paixões inquietas
magia serena em noites calmas
ou feiticeira dos dias que nascem sem porquê.
Tela de paixões inquietas
magia serena em noites calmas
ou feiticeira dos dias que nascem sem porquê.
Pele, poema
Pele, canção
Pele, sinfonia de Outono em pleno verão.
Pele, canção
Pele, sinfonia de Outono em pleno verão.
Pele em espera.
Pele em escuta.
Pele sedenta da agua das tuas mãos.
Pequena gota de orvalho,
alimento da flor da madrugada.
Pele em escuta.
Pele sedenta da agua das tuas mãos.
Pequena gota de orvalho,
alimento da flor da madrugada.
CONTIGO
Bom quando o sorriso se solta dos lábios
e voa directo aos teus olhos.
Bom quando o beijo ganha asas e mesmo ao de leve
consegue arrancar-te, arrepio d’alma.
Bom quando do toque da pele nasce o rendilhado da paixão,
da brisa, a canção,
do raio de sol, a fusão dos corpos
quentes e suados como monções.
Bela a troca de olhares que todas as línguas entendem.
Belas as palavras sussurradas ao luar,
cúmplices de noites eternas
penetrando a aurora.
Contigo,
a branda textura do amanhecer
tem brilho de diamante
e o odor de vida acabada de florir.
Contigo sou mar e chama
harmonia e desengano,
flor do campo e arvoredo.
Contigo reclamo a dúvida
e eterna magia de te merecer.
MAGIA
Um sorriso trespassou-lhe o rosto
ao sentir o sol acariciar-lhe o corpo
como mãos de amante experiente.
Lentamente espreguiçou-se,
sentiu o desejo tomar-lhe conta do corpo e dos sentidos,
rolou sobre si mesma e deixou-se ir
adormecendo com uma imagem de entrega no olhar perdido.
Sentiu o sabor do beijo,
o toque da pele na sua pele,
o cheiro,
a textura ,
o prazer delicado e intenso,
a magia da fusão dos corpos ao luar.
Em segundos deixou de saber
se estava no sono
no sonho ou na vida,
tal a intensidade do sentir.
Não sabia, nem quis saber.
Sabia apenas que sentia
e se sentia, tinha que ser verdade.
Enroscou-se naquele corpo, de sonho ou não
e deixou a magia acontecer.
quinta-feira, 26 de novembro de 2015
MY SEA-BODY
I'm a
sea-body
made by
your sea hands
painted by
your sea lips
and warmth
by your sea skin.
When I'm
fully dressed up,
the playing
around begins.
A kiss
here,
a caress
there
a long deep
whisper along the neck,
until my
naked marble skin
begins to
sparkle in the dark night,
and you
finally melt in me,
like a wave
dying at
the shore.
©Graça Costa
Anna Dittmann
DEVANEIO
Percorre-me o corpo como se fosse mar
e toca-me a alma como se fosses brisa.
Desperta-me os sentidos e torna-me tua.
Bebe-me.
Saboreia-me.
Entranha-me na tua pele
e nessa mescla do tudo e do nada
de excessos e devaneios,
façamos da noite uma melodia de afectos
languida e suave como o amor que termina e recomeça,
como maré
sem cessar.
E quando o cansaço for maior que o desejo
saibamos morrer…
entrelaçados,
exaustos pelo prazer vivido e pelo que há-de vir
quando o brilho do olhar
voltar a incendiar-nos a pele.
©Graça Costa
Jungshan
quarta-feira, 25 de novembro de 2015
SOU
No amanhecer que desponta,
sou pássaro livre
sou fonte
sorriso aberto
espuma do vento.
Sou tudo isso
e o que mais queiras.
Por ti acordo
contigo me deito,
desejo na pele
ternura no olhar.
No amanhecer que desponta
navego serena como espuma do mar
e na fluidez dos sentidos
deixo-me enamorar pela maresia dos teus dedos na minha pele.
Fecho os olhos e nela sinto o teu toque.
Deleite dos fins de tarde
em que flutuamos rumo ao anoitecer
que por ora apenas é sonho.
Ferve-me a pele e sorrio…
Antecipação do prazer
numa manhã de primavera.
´TANTO
Amarra-me ao teu peito
para que o tempo não me roube de ti.
Cobre-me de luz e de esperança.
pinta-me o rosto de beijos maduros e generosos,
como as uvas dourados de Outono.
Amarra-me ao teu peito
e fica dentro de mim,
para que o tempo , seja tempo
mas não ladrão do meu Ser.
Sem ti os dias não nascem
e se nascem
não têm cor nem sabor
ou algo que me faça sorrir ou esquecer.
Amarra-me ao teu peito, meu amor
e espera na vereda da tarde
a hora dos dias sem hora marcada.
Espera...
e leva-me contigo
porque a vida corre veloz
e temos ainda tanto para nos dar.
para que o tempo não me roube de ti.
Cobre-me de luz e de esperança.
pinta-me o rosto de beijos maduros e generosos,
como as uvas dourados de Outono.
Amarra-me ao teu peito
e fica dentro de mim,
para que o tempo , seja tempo
mas não ladrão do meu Ser.
Sem ti os dias não nascem
e se nascem
não têm cor nem sabor
ou algo que me faça sorrir ou esquecer.
Amarra-me ao teu peito, meu amor
e espera na vereda da tarde
a hora dos dias sem hora marcada.
Espera...
e leva-me contigo
porque a vida corre veloz
e temos ainda tanto para nos dar.
NÓS
Aquecem-me a pele os beijos
que mansamente me depositas nos ombros.
Arrepiam-me a pele os beijos
que atrevidamente me ofereces nos lábios.
Estranha esta coisa do amor,
que aquece e arrepia em segundos,
que consegue apagar o mundo
e construir outro no espaço de um abraço.
Estranha esta coisa da paixão,
em que morremos e nascemos em momentos
nos dias passam desabridos,
e como doença sem cura os vivemos
com desvelo de alma e sorriso de criança.
Estranhas as noites,
iluminadas pelo teu olhar
e pela forma como me desenhas dentro de ti.
Estranha…
Deliciosamente estranha esta vida
tecida de descobertas e esquecimentos
momentos,
desejos,
pó,
memórias,
e nós...
©Graça Costa
terça-feira, 24 de novembro de 2015
ONDE A SOLIDÃO TERMINA
e na pele a súplica do desejo inacabado,
a fome do mais que o dia levou.
Deixaste-me no olhar um sopro de maré viva,
uma tempestade de afectos incontidos
clamando pela noite
ou tão só pelo som dos teus passos na escuridão.
O dia passa,
lento e soturno
mas dentro de mim bate o sol
e, com lábios de silêncio
e o paraíso no olhar
deixo o fogo envolver-me
na espera do tanto que te quero.
No horizonte o dia cai,
deixando no ar promessas guardadas
no ontem que não chegou a ser.
Espero-te,
para que me abraces onde a solidão termina
e me envolvas no sereno rendilhado
dos dias sonhados antes do amanhecer.
©Graça Costa
David Mack
segunda-feira, 23 de novembro de 2015
PELE
Pele…
Nada como o toque aveludado da pele,
a forma como se arrepia ante a caricia,
como responde ao beijo lento e rastejante,
à língua quente e húmida,
ao gemido ,
ao arfar do desejo incandescente
à súplica do olhar.
Nada como o toque aveludado da pele,
a forma como se arrepia ante a caricia,
como responde ao beijo lento e rastejante,
à língua quente e húmida,
ao gemido ,
ao arfar do desejo incandescente
à súplica do olhar.
Pele…
Tela de paixões inquietas
magia serena em noites calmas
ou feiticeira dos dias que nascem sem porquê.
Tela de paixões inquietas
magia serena em noites calmas
ou feiticeira dos dias que nascem sem porquê.
Pele, poema
Pele, canção
Pele, sinfonia de Outono em pleno verão.
Pele, canção
Pele, sinfonia de Outono em pleno verão.
Pele em espera.
Pele em escuta.
Pele sedenta da agua das tuas mãos.
Pequena gota de orvalho,
alimento da flor da madrugada.
Pele em escuta.
Pele sedenta da agua das tuas mãos.
Pequena gota de orvalho,
alimento da flor da madrugada.
©Graça Costa
NAMELESS LOVE
When you
touch me
I stop
breathing.
When you
look me
I boil and
freeze.
When you
kiss me
I long for
more,
and as I
whisper
your mouth
spreads
along my
neck
along my
breast
along my
all.
My heart
pumps madly
and my body
turns wild.
Pleasure
screams
but my
mouth is dry.
Wet me
as if you
were rain
and me the
seed.
Make me
weep.
Make me
loose under your skin
make me
yours
as if
tomorrow has no name.
Again...
just one
more time
before
sunset
for the
night is my mate
and I long
for my turn
to release
the passion.
under the
shooting stars
of that
nameless love of ours.
©Graça Costa
MOMENTOS
Há momentos que valem vidas.
Pela intensidade,
a magia,
a inconstância,
a doçura,
a leveza,
o carinho
e por vezes, até mesmo a dor.
a magia,
a inconstância,
a doçura,
a leveza,
o carinho
e por vezes, até mesmo a dor.
Há momentos que valem vidas,
pelas marcas que deixam na pele,
na retina,
na alma,
no peito...
memórias que o tempo não mancha
nem o futuro apaga.
pelas marcas que deixam na pele,
na retina,
na alma,
no peito...
memórias que o tempo não mancha
nem o futuro apaga.
Momentos...
Fragmentos de vida vivida em segundos,
partículas de paixão
gravadas nos sentidos como tatuagens.
partículas de paixão
gravadas nos sentidos como tatuagens.
Momentos...
efémera eternidade
guardada na palma da mão.
efémera eternidade
guardada na palma da mão.
©Graça Costa
A FÉNIX
Trazia no olhar o lamento de aves prevendo tormenta
e nas mãos fechadas
a esperança do ultimo raio de sol morrendo no horizonte.
Queria soltar um grito, mas emudecia
deixando que ternura guardada no peito
fizesse cama no silêncio da voz.
Trazia quimeras entrançadas nos cabelos
enfeitadas de malmequeres e violetas.
Nos lábios, papoilas silvestres salpicadas de orvalho
como se tivesse sido beijada pelo amanhecer.
Olhá-la, só por si era um poema,
sinfonia,
sonata,
paixão.
sonata,
paixão.
Trazia no olhar o lamento das aves
e no corpo a magia de uma fénix.
querendo voar.
domingo, 22 de novembro de 2015
MAGIA DA ESPERA
Vestida lua e de espanto esperei por ti.
De sentidos e emoções em riste
esperei que o vento te trouxesse ate mim
e a maresia fosse o timbre do amor na tua voz.
Envolta em sonhos e sussurros imaginados
senti o arrepio da pele,
o brilho do olhar,
o sorriso a insinuar-se no rosto
tão cheio de expectativas quanto de enganos.
No entanto…esperei,
presa naquele fragmento de paraíso só meu,
que só tu sentes,
só tu vês,
só tu consegues tornar teu
apenas com a forma como me olhas.
Por ti espero,
neste dossel de noites eternas
embriagado de afectos,
onde a alma ganha voz
como um fado gemido
em lamento e êxtase.
Instantes de magia,
servidos em taças de ternura ;
fusão de pele,
melodias de outono tocadas a quatro mãos.
©Graça Costa
Dina Wakley
sábado, 21 de novembro de 2015
DEIXA
Deixa
que a noite invada o horizonte das memórias
e os dias sejam de eternos recomeços
ainda que errantes e incertos.
Deixa
que os teus passos
sigam as minhas pegadas
e que a paixão seja a melodia
dos caminhos por inventar.
Deixa
que o meu corpo seja tela virgem
para o arrojo dos sentidos
e que consigas ler nos meus olhos
as castas que te escrevo sem palavras.
Deixa-me correr ao teu encontro
com a certeza que de sabes,
exactamente como tocar-me o corpo
e a alma sentir-se beijada.
com a certeza de que basta um olhar
para te sentir dentro de mim,
meu pintor de corpos
e telas,
de paixões incertas
e momentos eternos,
gravados em segundos.
©Graça Costa
sexta-feira, 20 de novembro de 2015
GUARDO
Guardo no olhar o rasto de luz da tua pele
deixado pela minha boca,
o gemido rouco,
o abraço forte.
Guardo no olhar o fogo dos teus olhos em súplica,
a ternura do teu toque,
o rendilhado dos afectos
e o teu sono, quase infantil depois do amor.
Guardo,
porque as memórias são pedaços de vida
mesclados por sons e sabores de momentos únicos;
Guardo,
porque guardando,
tatuo na retina
o amor que já foi chama
e hoje é apenas ternura,
mas forte e poderosa
como a alvorada,
rompendo a aurora.
deixado pela minha boca,
o gemido rouco,
o abraço forte.
Guardo no olhar o fogo dos teus olhos em súplica,
a ternura do teu toque,
o rendilhado dos afectos
e o teu sono, quase infantil depois do amor.
Guardo,
porque as memórias são pedaços de vida
mesclados por sons e sabores de momentos únicos;
Guardo,
porque guardando,
tatuo na retina
o amor que já foi chama
e hoje é apenas ternura,
mas forte e poderosa
como a alvorada,
rompendo a aurora.
SOLIDÃO
Só, no meio da avenida
rodeada de gente que não me vê,
apenas o meu espírito voa livre e solto
até ao baile onde estive com o vento,
vestida de brisa, sonhos e maresia.
Emoções contidas,
sorriso aberto,
corpo em chamas,
vertigem louca,
coração amortecido.
Vestida de brisa, sonhos e maresia
escuto a melodia de outono que me envolve o corpo e o sentir
e nem noto que estou só no meio da avenida
rodeada de gente que me olha
mas não me vê.
Vagueio sem destino.
Rego o passeio de lágrimas doces e salgadas,
cristais de amores perdidos serpenteando até ao rio
para morrer no além mar.
Rito de passagem.
Dor de crescimento.
Amar e sofrer…
Solidão, emoção, cansaço.
E de repente…
um quase nada que é um quase tudo
escondido no brilho do teu olhar.
Estaco no meio da multidão que não me vê
porque para ti eu existo…
Vem…
Quero ter-te por perto.
©Graça Costa
quinta-feira, 19 de novembro de 2015
HOLD ME TIGHT
Hold me
tight
as if
tomorrow is a senseless word.
Paint my
skin with kisses and caresses.
Make me
surrender to your touch
and beg to
start all over again.
Happiness
is an empty word
if you're
not around.
So hold me,
stand still
feel my
heartbeat,
allow the
night to keep us company,
the stars
dress my body
and the
wind paly that song
that makes
my eyes
turn
candles in the night.
Hold me
tight my love,
and lets
enjoy the bless
of daily
new beginnings.
©Graça Costa
EM DIRECÇÃO AOS SONHOS
A noite estendeu-lhe um manto das promessas embutidas no olhar.
Felina e serena como a mansidão do entardecer,
contemplei o namoro sensual daquela nuvem com o raio de sol
e sorri.
e sorri.
A linha do horizonte testemunhava a doçura daquela nuvem
derretendo-se no embalo do raio de sol que fugia
e também ela sorria.
e também ela sorria.
Hipnótica a beleza do momento;
quase tela,
quase fome,
inspiração para amantes presos no desejo da noite,
embriagados pela imensidão do olhar.
Da noite se alimentam.
Sussurrando desejos e promessas,
saciam sentidos,
rompem regras, limites, convenções.
Como nuvem ou raio de sol
esperam o romper da aurora,
e na fusão dos corpos,
partem,
resgatados pelo silêncio
em direcção ao mundo incandescente dos sonhos.
E O DIA ESPEROU COMIGO
Era um dia daqueles
em que o amanhecer é dourado
mas orvalhado com diamantes de luz.
Era um dia daqueles
em que o coração acorda descompassado
com a pele em arrepio eterno como tatuagem
sussurrando o teu nome ao dia que desponta.
Era um daqueles dias
em que o corpo pede corpo
e o olhar jorra paixão
por entre gemidos de pérolas de mel.
Era um daqueles dias
de prece e de ilusão,
de esperança,
horas lentas
e expectativas tantas...
Decidi esperar,
contigo na retina e nas memórias
e o dia esperou comigo
complacente e sereno,
cúmplice da paixão que viria a ser
mas dentro de mim já o era.
em que o amanhecer é dourado
mas orvalhado com diamantes de luz.
Era um dia daqueles
em que o coração acorda descompassado
com a pele em arrepio eterno como tatuagem
sussurrando o teu nome ao dia que desponta.
Era um daqueles dias
em que o corpo pede corpo
e o olhar jorra paixão
por entre gemidos de pérolas de mel.
Era um daqueles dias
de prece e de ilusão,
de esperança,
horas lentas
e expectativas tantas...
Decidi esperar,
contigo na retina e nas memórias
e o dia esperou comigo
complacente e sereno,
cúmplice da paixão que viria a ser
mas dentro de mim já o era.
©Graça
Costa
Loui Jover
quarta-feira, 18 de novembro de 2015
FICA
Sede,
fonte,
rio,
ponte,
mar,
tormenta,
fúria,
lamento.
O que sou,
nos dias em que o mar dos olhos
me desaba no peito?
O que me diz este olhar de mão estendida?
O que me diz o coração apertado e a pele em chamas?
Vem..
preciso de colo.
Enlaça-te em mim,
sacia-me a sede,
alimenta-me o Ser
e fica...
meu farol,
minha alma, meu guia,
meu chão.
DÁDIVA
Trazia no peito um olhar de perdição
e na pele um misto
de dor fome e desejo
esquecido nos confins do sentir.
Trazia nas mãos a dor de uma vida de luta
e de uma luta sem vida.
Trazia amanheceres distantes
noites de solidão
que lhe marcavam o corpo
como raízes secas pelo verão.
Não trazia palavras
choros ou gemidos...
apenas aquele olhar de perdição,
aquela súplica muda
quase em jeito de oração.
Quis saber quem era,
mas apenas me estendeu uma mão rugosa
com mil histórias escritas.
Aninhou-se no meu colo e assim ficou
dando-me tudo o que tinha
e o que tinha era tanto...
e na pele um misto
de dor fome e desejo
esquecido nos confins do sentir.
Trazia nas mãos a dor de uma vida de luta
e de uma luta sem vida.
Trazia amanheceres distantes
noites de solidão
que lhe marcavam o corpo
como raízes secas pelo verão.
Não trazia palavras
choros ou gemidos...
apenas aquele olhar de perdição,
aquela súplica muda
quase em jeito de oração.
Quis saber quem era,
mas apenas me estendeu uma mão rugosa
com mil histórias escritas.
Aninhou-se no meu colo e assim ficou
dando-me tudo o que tinha
e o que tinha era tanto...
©Graça
Costa
John Coplans
terça-feira, 17 de novembro de 2015
DEPOIS DO AMOR
Trazia o outono nos cabelos
e um prado de erva fresca no olhar.
Caminhava como se trouxesse o luar nos pés,
iluminando o caminho
e semeando sorrisos.
O corpo nu,
convidava ao deleite de noites de verão
embaladas por brisa suave
e choro de guitarras.
Entreguei-me ao entardecer,
como se pudesse parar o tempo
e sussurrei o teu nome ao vento.
Foi então que chegaste
e me cobriste o corpo de beijos
com a fome dos dias longos
e das noites por inventar.
Dei-me de novo
como da primeira vez,
sem medos nem dúvidas,
toda alma,
todo corpo,
toda luz.
Depois da explosão dos nossos corpos em chama,
enrolei-me no teu corpo de mel
e deixei o sono levar-me
até ao mundo dos sonhos e das memórias.
Sereno o sono depois do amor...
e um prado de erva fresca no olhar.
Caminhava como se trouxesse o luar nos pés,
iluminando o caminho
e semeando sorrisos.
O corpo nu,
convidava ao deleite de noites de verão
embaladas por brisa suave
e choro de guitarras.
Entreguei-me ao entardecer,
como se pudesse parar o tempo
e sussurrei o teu nome ao vento.
Foi então que chegaste
e me cobriste o corpo de beijos
com a fome dos dias longos
e das noites por inventar.
Dei-me de novo
como da primeira vez,
sem medos nem dúvidas,
toda alma,
todo corpo,
toda luz.
Depois da explosão dos nossos corpos em chama,
enrolei-me no teu corpo de mel
e deixei o sono levar-me
até ao mundo dos sonhos e das memórias.
Sereno o sono depois do amor...
MAGIA
Um sorriso trespassou-lhe o rosto
ao sentir o sol acariciar-lhe o corpo
como mãos de amante experiente.
Lentamente espreguiçou-se,
sentiu o desejo tomar-lhe conta do corpo e dos sentidos,
rolou sobre si mesma e deixou-se ir
adormecendo com uma imagem de entrega no olhar perdido.
Sentiu o sabor do beijo,
o toque da pele na sua pele,
o cheiro,
a textura ,
o prazer delicado e intenso,
a magia da fusão dos corpos ao luar.
Em segundos deixou de saber
se estava no sono
no sonho ou na vida,
tal a intensidade do sentir.
Não sabia, nem quis saber.
Sabia apenas que sentia
e se sentia, tinha que ser verdade.
Enroscou-se naquele corpo, de sonho ou não
e deixou a magia acontecer.
segunda-feira, 16 de novembro de 2015
AMANHÃ
No amanhã que começa a nascer
quero que saibas que a alfazema do jardim
vibra de aromas e tons de maresia,
que a lua sorri aos amantes sem tecto
e lhes estende os braços dando-lhes uma cama de afectos,
que os olhos brilham
sedentos de sonhos ainda por sonhar
e que a vida rola
como carrossel de risos e lamentos
abraços e tormentos,
tecendo a rede
dos dias calmos
e dos dias das tormentas.
Quando o amanhã surgir no horizonte
talvez esteja nos braços do sono
ou dentro de um sonho com cheiro de alfazema
e tons de jasmim.
Se assim for, estarei sorrindo
porque os braços da lua entenderam-se para mim
e sei ...
que tu andas por perto.
que tu andas por perto.
ACOLHE-ME
Acolhe-me no teu corpo
como se fosses berço para o meu descanso.
Embriaga-me de carícias e palavras soltas
doces, mesmo que sem sentido.
Coloca no tom da tua voz
a musica das almas cansadas
e acolhe-me no teu corpo
como se fosses mar
e eu maré,
como se fosses onda
morrendo na praia
e eu a praia para te receber.
Acolhe-me
que eu a ti me dou
sem medos nem reservas
corpo aberto ao encontro de almas
que só a ternura percebe.
©Graça Costa
LOVE MUST PREVAIL
May the word be our sword
and our love be our strength.
May the word be our link
and tenderness our goal.
We are One...
Despite our values and beliefs
our Humanity must prevail
or we will be forever
from fear captive.
May the word be our sword
and love be our strength.
Despite countries.
Despite religions.
Despite skin color.
We are One…
And love must prevail.
©Graça Costa
and our love be our strength.
May the word be our link
and tenderness our goal.
We are One...
Despite our values and beliefs
our Humanity must prevail
or we will be forever
from fear captive.
May the word be our sword
and love be our strength.
Despite countries.
Despite religions.
Despite skin color.
We are One…
And love must prevail.
©Graça Costa
domingo, 15 de novembro de 2015
AQUELE FIM DE TARDE
Havia algo particularmente vibrante naquele fim de tarde,
algo embrenhado no silêncio
ganhando coragem para se soltar .
Não sei se era grito ou lamento
morte ou paixão.
Parecia um gemido perdido em busca de colo
um quê de prazer e dor,
com uma pitada de amor secreto querendo crescer.
Parecia poesia em forma de luz…
Eu sorri…tu sorriste,
pois no por de sol que morria,
algo grandioso nascia.
Havia algo particularmente vibrante naquele fim de tarde.
Ninguém o sentiu…
Apenas nós.
©Graça Costa
sexta-feira, 13 de novembro de 2015
MURMÚRIOS DA PELE
Escuta.
Mergulha no silêncio e escuta o teu corpo que te fala.
Ouve o clamor da tua pele,
a toada triste das suas cicatrizes
quando lhes afagas o contorno da dor.
Ousa e ouve também a sua fome, os seus desejos,
a alquimia dos sentidos que a pele reclama.
Embrenha-te no silêncio da noite
e ouve como ela, ora chora, ora canta
ora implora, ora dá,
entoando melodias ainda por inventar.
Sem pressas, observa cada curva, cada poro, cada marca.
Sente a dança dos sentidos
e deixa-a ser pele de outra pele
Ouve,
deixa-me ser dona do teu sentir,
fundir-me na tua pele,
murmurar-te desejos de equinócios distantes,
enlouquecer de ternura,
explodir de prazer no teu ouvido.
Deixa-me explorar o limite do sentir
devagar,
serenamente,
como quem declama um poema soletrado a meia voz.
Murmúrios da pele,
sede….
desafio,
banquete de almas unidas
pela bebedeira de sentidos inquietos.
©Graça Costa
COMO SE TIVESSEM BOCA
“ HÁ Palavras que nos beijam como se tivessem boca”,
na perfeita nudez da pele em chamas.
Coloridas, pastel ou grafite,
desenhadas neste corpo, tela;
corpo, poema,
corpo, matriz,
corpo em prece,
abandonado à mercê das tuas mãos.
Palavras abandonadas à mercê do teu carinho,
entregues à mercê da nostalgia
ou à doçura dos teus beijos.
Bendito este corpo que sente.
Bendito o arrepio da pele.
Bendito o brilho na troca de olhares que tudo diz.
Embrulhados em silêncio , assim ficamos
inventando palavras novas,
melodiosas,
insensatas,
prenhes de desejo
que um dia alguém beijará.
Connosco , ficará
a nostalgia da criação
e certamente
sorriremos...
©Graça Costa
quinta-feira, 12 de novembro de 2015
SEM AVISO
Quase sem aviso
o beijo aconteceu.
Como poema calado
cresceu lentamente,
maré mansa,
que vira fogo
ateado pela urgência do desejo.
Perdido na ponta do medo
surgiu assustado
mas logo se agigantou
explorando os sentidos
com mestria de escultor
e delicadeza de tela pintada a pastel.
Colou-me na pele pigmentos carmim,
sugou-me a alma e o sentir,
tornou-me amante insuspeita
de dias calmos e noites errantes
em que apenas o desejo tem voz.
E do beijo nasceu a entrega
e da entrega, a melodia dos corpos em chama...
poema vivo,
salpicado por gotas de mar,
em tons de êxtase .
© Graça Costa
o beijo aconteceu.
Como poema calado
cresceu lentamente,
maré mansa,
que vira fogo
ateado pela urgência do desejo.
Perdido na ponta do medo
surgiu assustado
mas logo se agigantou
explorando os sentidos
com mestria de escultor
e delicadeza de tela pintada a pastel.
Colou-me na pele pigmentos carmim,
sugou-me a alma e o sentir,
tornou-me amante insuspeita
de dias calmos e noites errantes
em que apenas o desejo tem voz.
E do beijo nasceu a entrega
e da entrega, a melodia dos corpos em chama...
poema vivo,
salpicado por gotas de mar,
em tons de êxtase .
TANTO
Amarra-me ao teu peito
para que o tempo não me roube de ti.
Cobre-me de luz e de esperança.
pinta-me o rosto de beijos maduros e generosos,
como as uvas dourados de Outono.
Amarra-me ao teu peito
e fica dentro de mim,
para que o tempo , seja tempo
mas não ladrão do meu Ser.
Sem ti os dias não nascem
e se nascem
não têm cor nem sabor
ou algo que me faça sorrir ou esquecer.
Amarra-me ao teu peito, meu amor
e espera na vereda da tarde
a hora dos dias sem hora marcada.
Espera...
e leva-me contigo
porque a vida corre veloz
e temos ainda tanto para nos dar.
para que o tempo não me roube de ti.
Cobre-me de luz e de esperança.
pinta-me o rosto de beijos maduros e generosos,
como as uvas dourados de Outono.
Amarra-me ao teu peito
e fica dentro de mim,
para que o tempo , seja tempo
mas não ladrão do meu Ser.
Sem ti os dias não nascem
e se nascem
não têm cor nem sabor
ou algo que me faça sorrir ou esquecer.
Amarra-me ao teu peito, meu amor
e espera na vereda da tarde
a hora dos dias sem hora marcada.
Espera...
e leva-me contigo
porque a vida corre veloz
e temos ainda tanto para nos dar.
PALAVRAS SOLTAS
Nesses olhos com mar e céu dentro,
navego
voo
sonho
divago
caminho.
E por vezes penso
que com alguma sorte,
que com alguma sorte,
talvez, nalgum momento inesperado,
vindo do nada,
consiga conversar contigo
sem ter que usar palavras.
Aí ter-me-ei perdido
e reencontrado
no teu olhar...
no teu olhar...
quarta-feira, 11 de novembro de 2015
FEED ME
Gardener of
my body
feed me...
the thirst
is killing my being
and the
absence of you tortures my skin.
Dont know
if its day or night
or even if
its cold or warm
but I bless
the rain I sense in the horizon
and pray
you feel it too.
Gardener of
my body
feed me...
run
throughout the landscape
and solte
the rain for me.
Bring it
safely in your lips,
and then...
slowly,
as in a
caress,
dive into
my body
made sea
only to
shelter our passion.
Gardener of
my body
please...
feed me.
©Graça Costa
Ira Tsantekidou
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