quarta-feira, 5 de agosto de 2015

NO SILÊNCIO

Existe no silêncio
uma serenata de nuvens mansas
uma alma secreta de murmúrios vestida
uma doçura tamanha,
que só de o prever
já me embalo no seu sentir.

Só quem conversa com o silêncio
tem alma para sentir o poema
que antes de o ser já dança na retina
já penetra a pele com a intensidade de um beijo
e desperta a fome do amor vivido em firmamentos distantes.

Oxalá a noite me doure os sentidos,
me crave na pele a vontade de me dar
e que o canto da minha voz,
não seja voz,
mas pele…
sedenta de outra pele.


©Graça Costa

                                                             Mark Demsteader 

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