Parto à descoberta do amor,
com a curiosidade infantil
do desconhecido que ainda há
em mim.
Perdi o medo de amar
porque amar é simplicidade
e a simplicidade é generosa.
Deixo fluir os sentidos,
dar se tiver vontade,
quando tiver vontade,
e receber com carinho,
a mão estendida,
a doçura de pele que saboreio sem pressas,
a fusão dos corpos que se dissolvem
em maresia e poemas
nas noites rubras de ternura e magia.
Parto,
sem destino ou direcção.
O vento sabe o caminho
e o meu coração , também.
©Graça Costa