quinta-feira, 31 de agosto de 2017

COMO NO POEMA


Beijo-te no poema,

onde as palavras perfumam carícias,

onde posso sou espuma ou brisa,

ou espanto,

ou medo,

e porque sei que estás aí

para abraçar a minha alma inquieta.

 

Beijo-te no poema e na carne,

na candura das palavras,

e na pele em brasa,

na loucura dos afectos

e na quietude da tarde.

 

Beijo-te no poema e nos sentidos,

porque no beijo te encontro,

todo entrega,

todo ternura,

todo em mim,

e no beijo te soletro

a ti,

parte de mim

embrulhada em letras.

 

©Graça Costa
imagem da web
 
 

 

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