Aquela fusão de céu e mar
trazia-lhe uma espécie de
paz
qual mantilha de felpo
dos tempos de infância
macia,
aromática,
pontilhada de afectos.
Naquele horizonte
passeavam pedaços de
si...
primeiros passos,
primeiros risos,
sons,
cheiros,
matizes de outros verões,
ou talvez de outras
vidas.
Havia naquela fusão de
mar e terra
um quê de verdade,
um quê de ternura,
um quê de emoção,
que me humedecia o olhar,
serenamente.
Naquela paleta de tons de
azul
descansava o olhar
sempre que se sentia só.
Por isso voltava,
repetidamente voltava,
e naquela fusão de céu e
mar
bebia de um trago,
a coragem para continuar.
©Graça Costa
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