Sinto na pele a fome do teu abraço;
o calor das palavras ditas entre o beijo e o outro beijo,
entre o olhar e o sorriso
entre o afecto e a solidão.
Fome de palavras.
Das ditas e das por dizer,
das sentidas e das gritadas,
das largadas ao vento e das presas nos raios de sol,
das sussurradas e das inventadas,
pérolas displicentes
esperando o momento.
Gosto desta fome e alimento-a de mais fome,
pois é da dor que nasce o poema
e do poema nasce a canção
com que pinto os dias.
Pincel ou grafitte,
aguarela ou esquisso.
Pouco importa.
A fome tem muitas cores...
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