Ao longe
a sombra de um corpo nu
invadia o espaço de promessas.
Sabia o teu olhar preso
em mim
e derretia-me por dentro,
antes mesmo do sabor do
beijo
ou do toque suave dos
dedos.
Sentia, mas não pedia
nada.
Alimentava o sonho
com suaves movimentos do
corpo,
como que dançando,
num convite subtil a
devaneios e sonhos
vividos ou ainda por
viver.
Sinto-te os passos
flutuando em direcção ao
meu abraço.
Sinto-te,
mas não te quero ver...
apenas sentir,
abandonar-me em ti
qual naufrago em porto
seguro.
Ama-me.
Liberta-te dos medos do
amanhã que pode não vir
e ama-me,
até que a noite ceda
ao cansaço dos sentidos.
©Graça Costa
desenho do meu filho João
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