Carregava o crepúsculo no
olhar,
quase fardo,
quase dor,
quase esperança.
Como numa melodia de
saudade,
sussurrava palavras de
silêncio
envoltas em lágrimas,
e seu corpo ondulava
como numa quase perfeita
imagem de oração.
Ela carregava o
crepúsculo no olhar
mas, quando sentiu o apelo
da noite,
deixou o corpo flutuar
como uma pena ao sabor da
corrente.
Deslizou para o colo
daquele anjo,
com os braços de ternura e
pele de cetim
e ali ficou, saboreando o
dia que adormecia
Cansaço.
Era tanto cansaço,
que as estrelas brilharam
mais forte,
apenas para lhe iluminar o sono.
©Graça Costa
Stefan Kuhn
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