segunda-feira, 9 de maio de 2016

ANDA

Anda…
Vamos inventar um caminho novo,
desenhado a aguarela, grafite ou pastel,
melodia, primavera,
doce e mágico como beijos roubados,
nas colinas da imaginação.
Anda…
dá-me a tua mão.
Deixa-me guiar-te neste mundo inventado
em que o corpo ganha voz,
a pele grita
e o olhar implora.
No teu olhar sinto a urgência das marés,
o marulhar dos afectos,
a fome por saciar.
Nas palavras por dizer,
pressinto histórias escritas por corpos vibrantes em noites frias de inverno,
ao som do crepitar das chamas,
com fundo de vento norte.
Pressinto a madrugada,
e assim fico …quieta e nua,
presa no limbo de poemas
sussurrados ao ouvido do amanhecer.
Pressinto,
espero…
e a espera é doce.
©Graça Costa


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