Com o marulhar das ondas gravado do olhar enfrentei o dia.
Precisava daquela paz que só o mar oferece, da doçura firme
da onda a lamber a orla da praia, da brisa serena a beijar-me a pele.
Não tinha nada disso mas imaginei e imaginando vivi tão
plenamente como se tivesse. Ouvi as gaivotas no seu grito faminto, a areia a
chiar debaixo dos pés, os passos lentos, o horizonte brilhante, o mar de prata
e neste quase paraíso imaginado agarrei o dia e fui com ele.
Quando o cansaço me invade, fecho os olhos e qual criança em
dia de saudade, crio estes cenários e deixo-os entranhar-se nos sentidos como
carícias. Ninguém sabe, porque ninguém vê e eu também não falo, mas só eu sei o
bem que me faz esta pequena manobra de diversão, quando o cansaço me invade.
Hoje foi o mar, mas outras vezes é um campo de trigo
alentejano a ondular na planície, ou uma floresta encantada de cores e aromas delicados.
Porque partilho isto hoje convosco ?
Ora, partilho porque acho que alguns de vós como eu, ficaram
gratos por estas dicas para vencer o cansaço.
Haverá sempre quem ache uma tolice e eu respeito, mas comigo
resulta… por isso aqui fica, para quem quiser experimentar.
Bastam uns minutos…
Beijo de Luz e um dia feliz
©Graça Costa
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