Sinto no eco das palavras ditas
todas as que ficaram por dizer.
As que morreram na garganta
e mesmo as que nem chegaram a sair do coração.
A todas guardo,
como tesouros enfeitados,
de lágrimas e sorrisos,
esperanças saltitantes
e decepções dilacerantes.
Gosto,
gosto das palavras,
da sua promessa de jogo incerto,
tecidas em brocado rosa carmim.
Gosto,
gosto da sinfonia das letras dançando nas pontas dos dedos.
E gosto,
mas gosto mesmo,
da paz que encontro quando abro o peito
e as deixo fluir,
dançando
qual onda em tarde de maré viva.
©Graça Costa
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