quinta-feira, 7 de abril de 2016

MEDO


Sinto a correr-me nas veias
o grito do silencio
sufocado nas entranhas da terra.
Pó diamante,
carícia,
loucura,
vento,
canção,
a beleza do grito do silêncio que calo
causa-me estranheza,
quase dor ,
comoção.
Com ela espalho magia,
poema, melancolia,
nas horas marcadas
pela fome do amor que promete.
Em noites de aurora boreal,
sinto correr-me nas veias
o grito do silêncio que pressinto nos teus olhos
e tenho medo.
Medo que eles quebrem,
que soltem as amarras que te prendem a mim
e eu fique só nesta luta com o vento que galga no horizonte.
Medo que fiquem apenas as memórias…
do grito do silêncio,
do pó,
das carícias,
da fome,
da magia.
Memórias…
partículas de sonho,
vividas sem ti.

©Graça Costa
Pauline Adair - tela


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