Abraço o silêncio
na esperança de soltar o
grito aprisionado no peito.
No rosto,
o martelar lancinante do
vento suão,
carregado de memórias,
dores, saudades e glórias.
Abraço o silêncio,
na esperança de soltar o
grito aprisionado no peito,
na esperança de lavar a
alma com a chuva trazida
por aquele vento
profético.
Mas não,
a prece não tem
resposta.
O silêncio ensurdece,
mas o grito,
ah, o grito teima em
ficar
gravado no peito como
tatuagem.
Ouço o crepitar do
lume.
Lembra lamentos da
alma ferida
naquele dia em que o
grito emudeceu.
©Graça Costa
Beth-Emily & David Fooks
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