Percorre-me as ruas do corpo como se fosse a tua cidade.
Descobre os pormenores do lamento.
Embarca no destino que negas,
mas não podes nem queres evitar.
Sente-me…
Envolve-te no calor da pele
nos gemidos que noite
cala e a maresia consente.
Ousa sorrir ao desconhecido
que te chama e perde-te neste meu corpo feito mar para te
receber.
Ouve-me por entre o silêncio e o grito.
Aprende comigo o sentir sem palavras.
Inventemos uma língua nova,
serena e fluida como o brilho do olhar,
após o amor partilhado
na mudança da maré.
©Graça Costa
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