tal como os teus dedos me envolvem os sentidos
e os teus beijos me derretem a pele.
Com mestria de poeta dedilhando as palavras,
desfolhas o meu corpo em flor
que vibra e ondula como seara de trigo em fim de verão.
Emergência dos sentidos.
pele em chama,
tortura,
paixão,
abismo do entardecer.
E no final da noite,
quando o cansaço reclamar silêncio,
que o meu corpo seja chão
e o teu chuva,
para que a manhã traga consigo a semente
dos recomeços eternos.
©Graça Costa
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