Sinto a poesia a nascer-me na pele,
a iluminar-me o olhar ,
a queimar-me o sentir.
Sinto o poema
desflorando a madrugada rumo aos meus dedos,
com a alma
o suor
e o sangue
de um alfabeto por inventar.
Emoções e afectos,
palavras, ora quentes e serenas
ora lamentos , gemidos
quase prece,
quase dor
envolvem-me os dedos e o olhar.
Sinto a poesia a crescer-me na pele.
Toco-a ao de leve
e torno-a minha.
Salpico-a com o meu perfume de amante inquieta
e de alma aberta,
partimos ambas ao encontro dos dias,
por ora, apenas sonhados.
©Graça Costa
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