Bebe-me o néctar da vida
e perde-te na minha pele.
Deixa que o desejo seja chão
da paixão o do enredo
de uma peça em dois actos
de começos e recomeços.
Perde-te em mim
para que eu sinta que sou o teu mel,
ou a tinta
com que pintas no meu corpo
as palavras de um poema
por inventar.
Que ele nasça
em forma de dança lenta
de corpos,
dedos
e olhares perdidos na escuridão.
Que venha com a maré dos sentidos
e se torne sonho,
prenúncio de abandono
da tua
na minha pele.
©Graça Costa
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