quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

PORQUE ESCREVO

Perguntas-me porque escrevo,
mas não te sei responder.
Escrever é respirar
e o respirar não se explica.

Posso dizer-te que escrever me alimenta…
Pincela-me a alma de sonhos
e os sonhos de memórias.

Assim vivo…
de cheiros e toques de pele,
de fusão de corpos
e lábios de mel.

Escrevo porque sinto
e sinto porque escrevo,
reinventando-me na mescla fresca de afectos e paixões.

Não sei explicar porque escrevo,
mas quando escrevo sou livre,
neblina,
onda do mar,
arco íris de esperança
nostalgia,
primavera.

Assim me sinto
de alma e coração em espera,
misto de gente e canção,
moldando as palavras
com ternura infantil
e paixão de amante.

Ofereço-tas como pétalas de chuva
no sereno da noite
morrendo tranquilas no teu olhar.

Quem sabe assim...
talvez assim,
consigas entender porque escrevo...


©Graça Costa


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