Profético,
o sopro poderoso da fome
serpenteia-me o corpo envolto na bruma,
lacónico,
esfíngico,
quase prece
quase súplica.
Numa emergência de afectos por saciar,
procuro no teu olhar
a promessa da abundância
neste meu corpo feito terra lavrada.
Profético,
o Inverno de sementeiras
feitas pela tua mão.
Profética,
a linguagem universal do Amor,
quando arrancada das profundezas do SER.
Esteio do caos
perante o esplendor da vida
que começa a chegar ao amanhã.
Agnes Cecile
Sem comentários:
Enviar um comentário