Aqui estou,
no desejo do que sou
e no que ficou depois de ti,
enroscada no lamento da esperança
que morreu antes de ser mar.
Aqui estou,
com a sede à flor da pele
e a fome escondida na razão que já não é.
História por escrever, ainda que sonhada,
por viver, ainda que já sentida,
desenhada na aurora desflorando a noite.
Aqui estou nesta travessia de mim,
em busca do nós que já fomos
e do amanhã que inventamos,
em cada amanhecer.
Aqui estou,
no esplendor da nudez do fim da tarde
esperando a magia do toque,
da tua,
na minha pele.
©Graça Costa
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