Hoje a saudade bateu-me no ferrolho da Alma.
Trazia no colo memórias enfeitadas de outros tempos, daqueles tempos em que o fazer sentido não era de todo importante. Importante era mesmo ... sentir.
Belas as memórias desses tempos, em que o sentir era mesclado de carinho, especiarias, canela e açúcar em calda; em que o cruzar do olhar continha uma miríade de afectos, sonhos, desejos e paixões e onde mesmo as não vividas tinham história para contar.
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Trazia no colo memórias enfeitadas de outros tempos, daqueles tempos em que o fazer sentido não era de todo importante. Importante era mesmo ... sentir.
Belas as memórias desses tempos, em que o sentir era mesclado de carinho, especiarias, canela e açúcar em calda; em que o cruzar do olhar continha uma miríade de afectos, sonhos, desejos e paixões e onde mesmo as não vividas tinham história para contar.
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A saudade bateu no ferrolho da Alma e eu abri-lhe a porta.
Despi-lhe o casaco e convidei-a a entrar.
Acariciei-lhe o rosto e ela sorriu, grata pela atenção.
No silêncio da tarde, enchi o quarto com as memórias que a saudade trazia no colo.
Nem todas eram doces e belas, mas todas eram inteiras, vibrantes de vida, de alma, de dor...por vezes impregnadas de lágrimas feridas, à tanto tempo sofucadas no peito nu.
A saudade bateu no ferrolho da Alma e deixei-a entrar.
Ficámos assim, olhos nos olhos, bebendo-nos no silêncio das palavras não ditas porque desnecessárias.
Incondicional a dádiva da saudade.
Nunca vem pela metade.
Quando bate no ferrolho da Alma, parece furacão em busca de colo. Redemoinha, pede, bate, implora.
Hoje abri-lhe a porta e vou ficar a ouvir-lhe o lamento, escutando a magia do que ficou depois do vivido e se recusa a partir.
© Graça Costa
Despi-lhe o casaco e convidei-a a entrar.
Acariciei-lhe o rosto e ela sorriu, grata pela atenção.
No silêncio da tarde, enchi o quarto com as memórias que a saudade trazia no colo.
Nem todas eram doces e belas, mas todas eram inteiras, vibrantes de vida, de alma, de dor...por vezes impregnadas de lágrimas feridas, à tanto tempo sofucadas no peito nu.
A saudade bateu no ferrolho da Alma e deixei-a entrar.
Ficámos assim, olhos nos olhos, bebendo-nos no silêncio das palavras não ditas porque desnecessárias.
Incondicional a dádiva da saudade.
Nunca vem pela metade.
Quando bate no ferrolho da Alma, parece furacão em busca de colo. Redemoinha, pede, bate, implora.
Hoje abri-lhe a porta e vou ficar a ouvir-lhe o lamento, escutando a magia do que ficou depois do vivido e se recusa a partir.
© Graça Costa
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