sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

ABRAÇA-ME APENAS

A brisa beija-me o corpo
com a suavidade de solista
em orquestra de anjos.

Da melodia,
soltam-se os sons dos sonhos
num amanhecer dourado 
e quando o sol desponta bebendo o orvalho,
sinto na pele o arrepio de acordar envolta no teu abraço.

Lá fora,
o sol de inverno,
frio e cortante,
contrasta com o calor
de um verão inventado
à medida deste sonho
criado a quatro mãos.

Por momentos,
retenho e perfeição da eternidade
e quero ficar,
só ficar.

Não…
não digas nada…
Abraça-me apenas…          

©Graça Costa
foto da Web




quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

AQUELE BEIJO

Aquele beijo
tinha o sabor encantado das palavras não ditas,
tinha a doçura da fruta madura
e a ternura de um por de sol prateado à beira mar.

Aquele beijo
tinha o querer e o não querer,
o vazio e a plenitude,
a intensidade do nascimento
e o poder da paixão a fermentar.

Aquele beijo
tinha o aroma de chocolate quente
e a beleza de uma buganvília
lambendo uma parede alva
como neve em pleno verão.

Aquele beijo
foi principio e fim
de qualquer coisa por inventar
que espera na beira da noite
luz para caminhar.

©Graça Costa
imagem retirada da web


quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

PLAYING HIDE AND SEEK WITH FATE

Playing hide and seek with fate she was.
Like in wonderland
that little corner of hope
became her secret shelter.

There, she dreamt
about the feeling of first touches
first kisses
first deep looks at sunset.

She knew all odds where against her
But nevertheless she insisted
on playing hide and seek with fate.

Love listened her prayers
and one day,
coming from nowhere in the mist of the day
the corner of hope suddenly enlightened
and she woke in the soft arms of an angel.

Didn’t say a word...
Love just popped up
like in a fairytale
of brand new sensations
and life began
once again.


©Graça Costa

                                                                Jorn Kaspuhl

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

A VOZ DO CORPO

Tem dias em que sentimos as palavras à flor da pele,
mas elas recusam-se a falar.
Tem dias em que as melodias que me embalam dos dias,
apenas dançam...
recusam cantar.
Nesses dias
deixo o corpo ser voz.
o olhar, fantasia
a boca , mel em fatia
surpresa,
melancolia,
e a pele...
ah, a pele torno-a ser pauta de soneto,
escrito no silêncio que rodeia obras de arte,
construídas a quatro mãos.
©Graça Costa
imagem da Web

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

E O DIA ESPEROU COMIGO

Era um dia daqueles
em que o amanhecer é dourado
mas orvalhado com diamantes de luz.

Era um dia daqueles
em que o coração acorda descompassado
com a pele em arrepio eterno, como tatuagem
sussurrando o teu nome ao dia que desponta.

Era um daqueles dias
em que o corpo pede corpo
e o olhar jorra paixão
por entre gemidos de pérolas de mel.

Era um daqueles dias
de prece e de ilusão,
de esperança,
horas lentas
e expectativas tantas...

Decidi esperar,
contigo na retina e nas memórias.

E o dia esperou comigo
complacente e sereno,
cúmplice da paixão que viria a ser
mas que dentro de mim já o era.

©Graça Costa


sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

DEVANEIO

Percorre-me o corpo como se fosse mar
e toca-me a alma como se fosses brisa.

Desperta-me os sentidos e torna-me tua.
Bebe-me.
Saboreia-me.

Entranha-me na tua pele
e nessa mescla do tudo e do nada
de excessos e devaneios,
façamos da noite uma melodia de afectos
languida e suave como o amor que termina e recomeça,
como maré
sem cessar.

E quando o cansaço for maior que o desejo
saibamos morrer…
entrelaçados,
exaustos pelo prazer vivido e pelo que há-de vir
quando o brilho do olhar
voltar a incendiar-nos a pele.


©Graça Costa


ENTARDECER


O entardecer insinua-se na languidez dos tons e aromas carregados de esperanças.
Os sentidos envolvem-se num drapeado de sons, cores, emoções e calma.
Prenúncio de noite,
envolto na maciez de um beijo ainda morno.

O entardecer insinua-se na languidez de uma planície alentejana,
trigo, joio dourado que me beija a pele.

Fecho os olhos e bebo horizonte
como quem bebe a vida no trinar do pássaro que voa para longe
à procura de um novo entardecer...

©Graça Costa


FOME

Sinto na pele a fome do teu abraço;
o calor das palavras ditas entre o beijo e o outro beijo,
entre o olhar e o sorriso
entre o afecto e a solidão.

Fome de palavras.
Das ditas e das por dizer,
das sentidas e das gritadas,
das largadas ao vento e das presas nos raios de sol,
das sussurradas e das inventadas,
pérolas displicentes
esperando o momento.

Gosto desta fome e alimento-a de mais fome,
pois é da dor que nasce o poema
e do poema nasce a canção
com que pinto os dias.

Pincel ou grafitte,
aguarela ou esquisso.

Pouco importa.
A fome tem muitas cores...


©Graça Costa




quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

AMANTES SEM TEMPO

Partiste,
deixando-me um desejo tardio no corpo.
O, até logo, sussurrado
deixou no ar um aroma de promessas
e no olhar uma paixão por cumprir.

No beijo,
ficaram as palavras por dizer
na pele as carícias por sentir
e na alma o amor revisitado
que a noite sempre me traz.

Foi então que a magia aconteceu,
e o dia fez-se noite
somente para eu te ter.

Senti-te chegar
e sorri.

Soltei o corpo
e deslizei para o horizonte selvagem,
onde os sonhos ganham voz
pelas mãos dos amantes sem tempo.

©Graça Costa 


quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

MEET ME


Meet me
at the curve where the afternoon screams in pain
and the night calls affection
sung by our naked bodies.

Meet me
with the hunger of tired days
and the thirst of my skin in your mouth.

Fear not,
for the night lights up your footsteps
and guides you to this body made bed
to welcome you.

Come,
that time runs fast
and like a cascade on a stormy day
my body shakes by the simple feeling of your arrival,
the skin shines
and the look sings ...
ecstatic hymns in broad daylight.


© Graça Costa
photo - me...


NAS TUAS MÃOS

Por entre a neblina bebo o teu perfil
sereno e brando como brisa de outono,
quente e suave como sol a caminho de adormecer.

Imagino a minha pele cantar sob o teu toque
e quase consigo sentir o sabor da tua boca
fogueira e fonte,
medronho e água mel,
arrepio e gargalhada.

Nas tuas mãos sou barro
acabado de arrancar às entranhas da terra,
mosto aquecido,
vulcão adormecido,
desejo em convulsão.

Chamo-te só o brilho do olhar.
O vento entende o meu sorriso
e leva o teu nome até aos confins do ser.

Aguardo…
e a espera é doce.

©Graça Costa
foto da Web




terça-feira, 19 de janeiro de 2016

DESABAFO

Lamento que o meu sorriso seja triste
e o meu olhar, chama.

Lamento que a minha voz seja brisa
e o meu abraço, cama.

Lamento que a minha alma chore
e o meu olhar seja de amante.

Lamento quem me olhe e não me saiba ler,
mas não lamento o que sou
porque só assim sei ser.

©Graça Costa
foto : Eu


segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

PRECISO DE TEMPO

Preciso de tempo para te construir dentro de mim.
Preciso de tempo para colorir a esperança.
De ti,
recebi as tintas
com as cores da paixão
e as tonalidades do amor sem tempo,
recebi os pincéis,
dedos em forma de amor
trazendo luz e calor
à escuridão dos dias incertos.
Agora...
agora preciso de tempo.
Tenho este corpo tela
suplicante de vida,
gemendo a dor e maresia da tua ausência.
Tenho também as memórias das carícias prenhes de cor e fantasia.
Apenas preciso de tempo
para te construir dentro de mim,
e depois deixar fluir o amor
de um encontro improvável que se tornou certeza,
ternura,
porto seguro,
paixão
eternamente inacabada
pelas nossas mãos.
©Graça Costa
foto : Eu


REENCONTRO

Perdi-te nos escombros da alma
e no meio da dor esqueci o teu semblante.

De ti apenas restou
o brilho dos olhos quando me vias,
a forma como sorriam quando me amavas no silêncio da tarde
e o aroma tão nosso quando nos tornávamos apenas um.

Tinha-te perdido nos escombros da alma,
mas a alma tem muitas marés
e uma delas trouxe-me a tua mão estendida.

Reconheci-te pelo toque da pele…
Não precisei de palavras,
nem de explicações…
Só da tua pele na minha pele.

Não precisei de mais nada…
fechei o olhos e limitei-me a sentir
a intensa grandeza da paixão
renascida dos escombros da alma.


© Graça Costa
foto da Web


sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

EM BUSCA DE TI

Mergulhei na noite em busca de ti,
do teu olhar meigo,
da tua pele serena e doce,
da tua paixão intensa com sabor a mel e a maresia.

Mergulhei na noite em busca de ti.

Nela encontrei o mar dos teus afectos
e nela me tornei onda para desaguar na tua praia.

E o mar sussurrou o teu nome,
a noite fez-se manto
e  a lua fez-se caminho
para os meus passos incertos
de um amor suculento e maduro
como fruta de verão.

Mergulhei na noite em busca de ti.

E quando senti o teu toque na minha pele,
apenas sorri e deixei-me guiar
pela maresia dos sonhos
onde a magia acontece,
e a paixão ganha luz
através das tuas mãos .


©Graça Costa

                                                                      Victor Bauer 

GRITO MUDO

Abraço o silêncio
na esperança de soltar o grito aprisionado no peito.
No rosto,
o martelar lancinante do vento suão,
carregado de memórias,
dores, saudades e glórias.

Abraço o silêncio
na esperança de soltar o grito aprisionado no peito;
na esperança de lavar a alma com a chuva trazida
por aquele vento profético.

Mas não...
a prece não tem resposta.

O silêncio ensurdece,
mas o grito...
ah, o grito teima em ficar
gravado no peito como tatuagem.

Ouço o crepitar do lume.
Lembra os lamentos de uma alma ferida
tal qual, como naquele dia, em que o grito emudeceu.


©Graça Costa
foto da Web


quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

ANDA

Anda...
Bebe nos meus olhos
o néctar das flores outonais,
quentes e doces como mel coado,
em pão acabado de fazer.
Anda...
Sacia-te no meu olhar,
que o tempo espera pelo teu sorriso.


©Graça Costa 


quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

IF I COULD

If I could be a star
I would travel a million light years
just to make your heart my home.

If I could be a sea wave
I would dance throughout the oceans
just to kiss your lips in the change of tides.

If I could be music
I would create endless love songs
just to see you smile.

But, as I'm your soulmate
I flourish like a landscape in springtime
and with all the birds and butterflies as witnesses
I will make a perfect dress
to the perfect day
of our next encounter.

My skin...
My shiny eyes
My wet lips,
that's all we need
to make miracles between the stars.

©Graça Costa


DANÇA LENTA

Apetece-me dançar.
Uma dança lenta como o amor em dias de paz.
Uma dança terna como violetas ondulando na maré verde da planície.
Uma dança suave como beijo que emerge das profundezas do ser.
Uma dança quente como o olhar cúmplice dos amantes.
Apetece-me ser tua.
Entregar-me à voragem da fome que queima por dentro,
que humedece os lábios, seca a garganta e incendeia o olhar.
Apetece-me viver,
com a intensidade de quem sabe que o amanhã pode não chegar,
mas com a calma de quem saboreia cada olhar, cada toque, cada beijo
como se de obras de arte se tratassem.
Apetece-me dançar.
Soltar as rédeas da imaginação,
libertar as amarras do sentir
olhar a nudez e sorrir.
Descobri que só nua de mim
me encontro verdadeiramente comigo e me descubro.
Talvez insegura,
talvez amedrontada
talvez ousada,
talvez inquieta, curiosa,
ou até mesmo vaidosa,
mas seguramente mais inteira.
Visceralmente… Eu.
Apetece-me dançar.
E vou…
©Graça Costa


FILHA DA TERRA

Filha da terra
me entrego
ao rio de energia que envolve os corpos 
e os enche de luz,
fome de partilha,
cor
e aroma de paixão.
Pobre de quem vive sem viver.
Pobre de quem ama sem sofrer.
Pobre de quem ouve sem escutar.
Filha da terra me entrego à vida.
Barro a ser moldado pelo sentir,
pelas tuas mãos feitas extensão de mim.
Filha do Universo sou.
Partícula de amor suspenso,
incondicional,
difuso,
cristalino,
elemento dos elementos
com que a vida se constrói.
©Graça Costa


segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

SEM AVISO

Quase sem aviso
o beijo aconteceu.

Como poema calado
cresceu lentamente,
maré mansa,
que vira fogo
ateado pela urgência do desejo.

Perdido na ponta do medo
surgiu assustado
mas logo se agigantou
explorandoos sentidos
com mestria de escultou
e delicadeza de tela pintada a pastel.

Colou-me na pele pigmentos carmim,
sugo-me a alma e o sentir,´
tornou-me amante insuspeita
de dias calmos e noites errantes
em que apenas desejo tem voz.

E do beijo nasceu a entrega
e da entrega, a melodia dos corpos em chama...
poema vivo,
salpicado por gotas de mar,
em tons de êxtase .


© Graça Costa


sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

INEVITÁVEL

Neste meu corpo feito lua
serpenteiam caudais de estrelas cadentes sedentas de colo.

Neste meu corpo feito mar
navegam barcaças de afectos
em busca de costa onde aportar.

Neste meu corpo feito chão
te estendo um caminho recheado
de carinho,
paixões e afectos,
sem reservas
sem destinos.

Que nele me encontres
e te encontres,
te deleites
e me deleites,
me cubras de beijos
com tons de outono
e calor de verão.

Depois,
quando finalmente saciarmos a fome de corpo, alma e pele,
que o sono e o sonho
nos encham o coração de espanto
e expectativas de outras descobertas.

Inevitável,
perder-me no teu corpo...

©Graça Costa

                                                               Keith Allen Kay

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

ENIGMA

Um sorriso trespassou-lhe o rosto
ao sentir o sol acariciar-lhe o corpo
como mãos de amante experiente.

Lentamente espreguiçou-se,
sentiu o desejo tomar-lhe conta do corpo e dos sentidos,
rolou sobre si mesma e deixou-se ir
adormecendo com uma imagem de entrega no olhar perdido.

Sentiu o sabor do beijo,
o toque da pele na sua pele,
o cheiro,
a textura ,
o prazer delicado e intenso,
a magia da fusão dos corpos ao luar.

Em segundos deixou de saber
se estava no sono
no sonho ou na vida,
tal a intensidade do sentir.

Não sabia, nem quis saber.

Sabia apenas que sentia
e se sentia, tinha que ser verdade.

Enroscou-se naquele corpo, de sonho ou não
e deixou a magia acontecer.

©Graça Costa



quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

AQUELE BEIJO

Aquele beijo não foi apenas um beijo.
Foi uma prece,
oração,
rosário de promessas
doce tentação com aroma de eternidade.

Aquele beijo tinha consigo o feitiço da lua,
a brisa do mar,
o arrepio da maresia,
o mistério do entardecer em corpos desnudados,
a doçura do mel coado em leite quente.

Aquele beijo não foi apenas um beijo.
Foi o despertar dos sentidos na fusão do olhar.
Foi a súplica da carícia à flor da pele.
Foi a dor da ausência e a antecipação do prazer.

Aquele beijo, foi  magia do amor em dó maior,
explosão de ternura no espaço sideral,
alimento de alma nos dias de dor e solidão.


©Graça Costa

                               

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

SERENAMENTE

Serenamente,
pelos caminhos da ilusão me levaste.

De leveza me vesti.
Com a brisa dancei.
Entre os nenúfares e a folhagem flutuei
como brisa em tarde calma.

Serenamente,
pelos caminhos da ilusão
reinventei a magia de renascer
a cada passo,
a cada olhar,
a cada beijo,
a cada luar.

Toca-me, amor...
embala-me no teu peito de luz
e cobre-me o corpo com os teus lábios de espanto.

Deixa que a fome de afectos
se torne melodia outonal
e façamos da dança dos corpos
ousadia,
ternura,
paixão,
loucura sem nome
nova vida,
exaustão.

Depois...
que o sono nos tome conta do Ser
e os sonhos venham vestidos de luz.

Serenamente...


©Graça Costa

                                                              David Mack

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

INSTANTES

A manhã trouxe-me o teu aroma
envolto em melodia.
Acordes lentos,
suaves como carícias,
quase suspiro enroscado em beijo.

A manhã trouxe-me as saudades
dos dias em que as horas eram as tuas mãos no meu corpo
e o sol era a tua voz sussurrando no meu ouvido.

Instantes...
Instantes que valem vidas.

Abri os olhos e pedi ao tempo
um pouco mais de tempo para te sentir.
Tempo para sentir
mesmo aquilo que não tive tempo de viver.

Magia das memórias
que deixam sementes para continuarmos a construir o caminho,
em que mesmo não estando...estarás,
sempre...
ou pelo menos,
até que eu te queira por perto.

©Graça Costa



QUIETLY

Quietly
by the paths of illusion you took me.

Of lightness dressed.
I danced with the breeze.
Among the water lilies and foliage I floated,
as in calm afternoon breeze.

Quietly
I reinvented the magic of rebirth
at every step,
every look,
every kiss,
every moonlight.

Touch me, love ...
and cover my body with your lips of amazement.

Let the hunger for affection
become autumnal melody
and lets make from the dance of bodies
boldness,
tenderness,
passion
unnamed follies
new life,
exhaustion.

After ...
may sleep come to take care of our dreams...
Quietly...


©Graça Costa


A QUEIMAR POR DENTRO

Hoje acordei a queimar por dentro,
a alma num sobressalto
e a vida suspensa
num não sei quê de esperança.

Hoje acordei com a pele em chamas
fogo no olhar
e uma generosidade no abraço
com que recebi o amanhecer.

Hoje o dia nasceu sereno
e eu renasci com ele,
mais terna,
com a suavidade de uma onda lambendo a areia
ou uma borboleta namorando a flor do verão.

Hoje,
foi um ontem com fé no amanhã,
com fé em mim.

E foi assim,
que o acordar a queimar por dentro,
foi apenas o sinal
de que aquele dia.
era dia de ser Feliz.


©Graça Costa